Emendas da cultura na gestão de Dr. Pessoa: polícia solicita relatório em operação contra lavagem de dinheiro
Palácio da Cidade de Teresina, sede da Prefeitura Municipal de Teresina (PMT), localizado na Praça da Bandeira, 860, no Centro da capital Lucas Marreiros/g1 A...
Palácio da Cidade de Teresina, sede da Prefeitura Municipal de Teresina (PMT), localizado na Praça da Bandeira, 860, no Centro da capital Lucas Marreiros/g1 A Polícia Civil do Piauí solicitou que a Prefeitura de Teresina apresente os valores totais das emendas destinadas à cultura na gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa (PRD). A ação é parte da Operação Interpostos e investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro. A informação foi confirmada ao g1 pelo delegado Ferdinando Martins, titular do Departamento de Combate à Corrupção (Deccor). No dia 14 de outubro, a unidade cumpriu mandado de busca e apreensão no escritório Stanley Freire, ex-presidente da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves (FMC). Dois ex-vereadores de Teresina também foram alvos da investigação. ✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp A polícia não detalhou quando a solicitação foi feita e se há prazo para envio das informações. O g1 entrou em contato com a Prefeitura de Teresina e aguarda posicionamento. LEIA TAMBÉM: Advogados e servidora estadual investigados por coagir juízes com dossiês falsos em processos agrários são soltos A investigação está entrelaçada com a Operação Gabinete de Ouro, que também apura um esquema de lavagem de dinheiro durante a gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa e prendeu temporiamente quatro pessoas. LEIA MAIS: Ex-chefe de gabinete de Dr. Pessoa é solta após fim do prazo de prisão temporária Relembre a operação Delegado detalha papel de ex-chefe de gabinete de Dr. Pessoa em crime de corrupção Em 14 de outubro, o Deccor cumpriu mandado de busca e apreensão no escritório de Stanley Freire, ex-presidente da FMC, que exerceu cargo de vereador de 2019 a 2020. Dois outros ex-vereadores também foram alvos da operação. “A operação se refere a essa movimentação financeira, principalmente entre dois ex-parlamentares. Um desses ex-parlamentares movimentou cerca de R$ 5 milhões em 2022 e, entre 2020 e 2023, cerca de R$ 14 milhões. Nós observamos que um dono de empresa, que é ex-parlamentar, teria firmado contratos com o poder público utilizando interpostos, ou seja, terceiros atuando como sócios ocultos, possivelmente para dissimular patrimônio”, explicou a delegada Bernadete Santana. Na data, o advogado de Stanley, Deomar Fonseca, informou que já foram apresentados esclarecimentos e documentos que comprovam a licitude das movimentações financeiras investigadas pela Deccor. "Aguardar que o delegado faça a apuração do que foi apreendido hoje, alguns documentos e aparelhos eletrônicos, acreditamos que não será encontrado nada de ilícito", afirmou o advogado. Também parte da defesa de Stanley, o advogado Lúcio Tadeu afirmou que todos os questionamentos do inquérito já haviam sido justificados. "Não entendemos o motivo dessa operação", declarou. VÍDEOS: assista aos vídeos mais vistos da Rede Clube